Resenha: A Vida do Livreiro A.J. Fikry

Livro: A Vida do Livreiro A.J. Fikry

Autora: Gabrielle Zevin

Editora: Paralela

Páginas:   190                 Ano: 2014

“Livrarias atraem o tipo certo de gente”. É o que descobre A. J. Fikry, dono de uma pequena livraria em Alice Island. O slogan da sua loja é “Nenhum homem é uma ilha; Cada livro é
um mundo”. Apesar disso, A. J. se sente sozinho, tudo em sua vida parece ter dado errado. Até que um pacote misterioso aparece na livraria. A entrega inesperada faz A. J. Fikry rever seus objetivos e se perguntar se é possível começar de novo. Aos poucos, A. J. reencontra a felicidade e sua livraria volta a alegrar a pequena Alice Island. Um romance engraçado, delicado e comovente, que lembra a todos por que adoramos ler e por que nos apaixonamos.

Eu nunca esperei gostar tanto de A Vida do Livreiro A.J. Fikry. Era um livro que estava parado há um considerável tempo na minha estante e que só peguei por que faria uma viagem e queria ter algo pra fazer. Rapidamente me vi absorvida pelo livro, devorando suas páginas.

Para começar ele é excelente por cinco motivos: é engraçado, a escrita é deliciosa, dá pra ler em uma sentada, fala sobre livros e tem personagens cativantes.

Com uma combinação dessas não tem como um livro dar errado, certo? Certíssimo!

O livro fala sobre… bem, o que diz o título: conta a vida de A.J. Fikyr.

A primeira vez que somos apresentados à ele é através da representante de vendas Amélia e a primeira impressão que temos dele é desastrosa. O cara é mau humorado, rabugento e contrasta com a personalidade de Amélia, uma solteirona que apesar dos constantes relacionamentos via internet que não deram certo ainda tem certo otimismo. Abro espaço pra falar de Amélia. É bem difícil não gostar dela, ela é muito adorável. Toda vez que eu a imagino vem a imagem de uma mulher com cabelos loiros, vestidos de girassóis e galochas amarelas. Vá, não é uma imagem de uma personagem que você vai gostar?

Enfim, seguindo com a vida de A.J. Fikry. O livreiro é rabugento, é viúvo, tem uma opinião bastante forte sobre livros juvenis, livros para colorir e ebooks (não são tipos de livros que ele gosta) e está a caminho do alcoolismo. Mas a vida é uma caixinha de surpresas! E tudo vira de cabeça pra baixo quando ele se vê com um pacote muito especial: um bebê. Com uma carta endereçada à ele pedindo que cuide da pequena Maya.

E é aí que nossa história realmente começa. O drama se desenrola contando o crescimento de Maya rodeada por livros, como a garota consegue trazer alegria para os dias Fikry (e até mesmo amigos!), o fantasma que é a esposa morta dele, o relacionamento do livreiro com Amélia…

É maravilhoso ver como a pequena Maya muda a vida da pequena cidade. As pessoas começam a visitar a livraria por pura curiosidade de vê-la e sempre acabam levando um livro para dar uma disfarçada. Com o passar dos capítulos, a gente vai acompanhando essas pessoas se apaixonando pelos livros, por Maya e fazendo amizade com Fikry.

O livro é bem previsível, não tem nenhuma reviravolta ou grandes acontecimentos. É simplesmente a narração da vida do livreiro e das pessoas que o cercam. Sem falar que tem bastante clichês. Mas nada é melhor que um clichê bem contado! E se tem uma coisa que esse livro é, é isso. A narração é maravilhosa, a leitura flui, é gostosa, cativante. Você se vê torcendo por essas personagens, chorando e rindo com elas. Mesmo que suas histórias sejam bem comuns.

O final é um tanto quanto decepcionante e o único ponto negativo do livro. Achei muito forçado, um clichê não bem trabalhado com cara daqueles romances água com açúcar. Não que estrague a leitura, claro.

Vale muito a pena a leitura, super recomendo!

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